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Vereadores pressionam prefeitura por segunda unidade do Bom Prato

Parlamentares cobram prazos do secretário de Assistência Social
Vereadores pressionam prefeitura por segunda unidade do Bom Prato

Fotos: Aline Pereira

Na tarde desta terça-feira, 07 de maio, os vereadores da Comissão de Estudos que acompanha a implantação da segunda unidade do Bom Prato em Ribeirão Preto, receberam o secretário municipal de Assistência Social e ex-gestor do primeiro Bom Prato da cidade, Guido Desinde Filho, que a convite prestou esclarecimentos sobre os atrasos do projeto.

Guido disse que a prefeitura não negligenciou a implantação do restaurante popular, embora o projeto esteja muito atrasado em relação ao prazo estabelecido. Segundo ele, as fases do processo avançaram normalmente após autorização do então governador Geraldo Alckmin, até que o projeto foi redirecionado quando no final de fevereiro deste ano um empresário de renome da cidade ofereceu-se para construir o Bom Prato.

"É um empreendedor que deseja ter o nome preservado. Ele tem uma história com o HC, por isso quer proporcionar isso à população", disse.

O vereador Igor Oliveira (MDB) - presidente da Comissão, lembrou que em 2017 o reitor da USP, Marco Antonio Zago, em audiência, disponibilizou um terreno a termo de doação para a implantação do restaurante popular, que não foi aceito pelo executivo municipal. Guido disse que a região a qual pertence o terreno não está autorizada a receber o projeto, por isso necessitou nova escolha do local, sendo que o início da construção está em tratativas pelo empreendedor citado e órgãos responsáveis. Sobre o atraso, o secretário afirmou que o projeto foi paralisado para avaliação do poder executivo em relação à intervenção da iniciativa privada. Igor reiterou a necessidade da implantação imediata do restaurante popular.

"As pessoas necessitam demais do Bom Prato. Estamos lutando e acompanhando usuários há 8 anos no Hospital das Clínicas, muitos deles não têm condições de comprar, sequer, uma fruta. 50% dos pacientes que frequentam o hospital são da região, mais de 7 mil pacientes por dia. O que me preocupa é a forma lenta com que está sendo conduzido um projeto de tanta importância pra muita gente", afirmou o parlamentar.

Guido disse que a construção do Bom Prato é questão de tempo, e que o trabalho esbarra em burocracias. Igor enalteceu a força da iniciativa privada nos projetos públicos,  e reiterou que as tratavitas devem ser documentadas para segurança do projeto . "E se o empreendedor mudar de ideia e resolver não construir mais o nosso Bom Prato, como ficaria o projeto? As negociações precisam estar documentadas", complementou.

O vereador Marmita (PDT) se mostrou indignado. "O prefeito tem que levar os vereadores e a cidade mais a sério. As coisas têm que ser firmadas no papel, preto no branco", disse.

Jean Corauci (PDT) também explanou sobre a urgência de decisão sobre o Bom Prato.  "A população está cansada de procrastinação. Fomos ouvir o governador, anunciamos para a cidade que o restaurante estaria próximo de ser realidade, e até agora nada. No momento em que um empresário assumiu os custos do projeto, não há justificativa para mais atrasos", disse.  

Diante da pressão dos parlamentares, o secretário se comprometeu a estabelecer e repassar à comissão cronograma de ações. Firmou compromisso de informar novos desdobramentos até o dia 30 de maio.  

"Queremos prazos e efetivação de metas, tudo documentado. O projeto diz respeito a algo sério e a população está esperando por algo que é direito dela", concluiu Igor.

Por Marco Aurélio Tarlá